Foto: Divulgação
Líder nas pesquisas eleitorais, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) foi o grande alvo dos adversários no debate do SBT, realizado na noite de sábado (16). Dos oito concorrentes convidados, somente o empresário Roberto Argenta (PSC) evitou confrontos com o tucano e outros adversários. Já Onyx Lorenzoni (PL), que aparece em segundo lugar nas pesquisas, criticou o governo do PSDB, porém, não partiu para ataques mais duros contra Leite, a exemplo de outros embates.
Além de Onyx, Leite ficou na mira de Edegar Pretto (PT), Luis Carlos Heinze (Progressistas), Ricardo Jobim (Novo), Vieira da Cunha (PDT) e Vicente Bogo (PSB). O pagamento da dívida do Estado com a União, projetada em R$ 75 bilhões, e o déficit de R$ 3,7 bilhões previsto no orçamento de 2023 dominaram grande parte do debate de quase duas horas. O combate à fome, a recuperação da educação depois da pandemia e o avanço das facções também foram temas abordados tanto em perguntas entre os candidatos quanto de jornalistas do SBT. O resultado das pesquisas eleitorais foi outro assunto que veio à tona e foi criticado por alguns postulantes ao Piratini.
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Como ocorreu em outros confrontos, Edegar e Onyx, em vários momentos, associaram suas candidaturas aos presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), respectivamente, e, em razão da popularização entre ambos, trocaram farpas. Mais discreto, mas também apoiador de Bolsonaro, Heinze fez questão, desta vez, em declarar seu voto ao presidente. Antes da eleição de 2 de outubro, haverá dois outros debates: na Rádio Guaíba e na RBS TV.
Confira alguns dos comentários realizados durante o debate:
“Vocês, bolsonaristas, dizem que defendem a família, mas deixaram 33 milhões de brasileiros passando fome”“Essa peça orçamentária (enviada para a Assembleia) do governo Leite, agora do Ranolfo, é o retrato do fracasso”
Edegar Pretto, candidato do PT
“É claro que não está tudo perfeito, eu nunca disse que está tudo às mil maravilhas, mas o Estado está avançando”“O Estado tem uma dívida enorme e nem o governo Lula nem o governo Bolsonaro apresentaram alternativas”
Eduardo Leite, candidato do PSDB
“O senhor (Eduardo Leite) pagou zero da dívida com a União, tem R$ 75 bilhões para pagar. Está fazendo investimento, porque pagou zero da dívida. Não dá para enganar a população”“Eu apoio o presidente Bolsonaro com muito orgulho e quero ser governador do Rio Grande. Eu não estou preocupado com pesquisas”
Luis Carlos Heinze, candidato do Progressistas
“Governar é fazer escolhas e, no Rio Grande do Sul, temos de escolher cuidar da família, da mulher e dos adolescentes”“Nosso governo (Bolsonaro) escolheu cuidar da família. A família que a esquerda tenta destruir”
Onyx Lorenzoni, candidato do PL
“Não estou nessa campanha para ficar passando o pano, mentindo. Vamos privatizar o Banrisul (para investir em educação)”“Eu defendo a liberdade econômica para combater a fome”
Ricardo Jobim, candidato do Novo
“Precisamos de emprego, de dignidade, nós temos de ser propositivos. Eu aposto nesse Estado”“Nós vamos criar o programa conquistando o atendimento ao cidadão”
Roberto Argenta (PSC)
“São tantos problemas mas, ao mesmo tempo, são tantas as oportunidades, eu sei resolver isso. Eu vou rever o Regime de Recuperação Fiscal”“Infelizmente, a situação (do Estado) é dramática”
Vicente Bogo, candidato do PSB
“Eu tenho 40 anos de vida pública. São quatro décadas na mesma trincheira. Examinem a minha biografia. Eu não sou um político profissional”“Água não é mercadoria, água é saúde pública. Privatizar não resolve nada”
Vieira da Cunha, candidato do PDT
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